As Últimas Horas Da Garota Suicida

Escrava do Inútil, prisioneira do ócio
Paralisada, acorrentada, dominada e subjugada pelo Escárnio
Falta de ar, espaço e tempo

Tempo...
Fantasmas do tempo
Sobra Tempo, inútil tempo
Preenchido, Incompleto e Vazio
As garrafas cheias das mentes vazias

Imaginação...
Libido, Insatisfação
Sozinha na multidão
A vida na TV
Computadores magnéticos
Um óculos 3D

O Controle
Descontrole da Mente
Mente, desmente
A memória?
Perde-se, encontra-se
Encontros, desencontros...

Caos, Ordem, Contradição
Sobra sono, sobra insônia
Na madrugada, o silêncio
Ao longe, o Grito dos Renegados

Cicatrizes...
O corpo marcado, violentado
Hímen deflorado
Espermas abortados

Os vícios
Álcool... mais álcool
Fobia, palpitação, depressão
Omissão, chantagem, traição
Água... mais água

Espelho
Inimigo íntimo
Gargalhadas
Pranto

Seringas ao chão
Vultos e Vozes

Acelera!

Freia!

Pára!
Continua!
Seja Você!
Assim não, assim não!

O jogo, a Vida...
Engrossar a fila dos insensatos?
Parar, continuar, desistir, resistir
Desistir é um direito legitimo
Adeus, Deus!

Deus...
Onde está Deus?
Você é Deus?

Vós sois Deuses

Dor

Só a dor é real

Sonhos, Pesadelos
Volte a dormir!

Acorda! Acorda! Acorda!

A corda no pescoço

Paz?


#PoesiasMalditas