Cartas para um Alter Ego


No que depender de mim, tudo já foi dito e redito
No que depender de mim, prefiro somente escutar
Todas as suas Verdades
Saborear sua vaidade e me deliciar com o seu desprezo
Somente o seu prazer, a sua vitória
A multidão dizendo amém à sua retórica

Perder é o meu orgulho
Vencer é o seu
Vencer é minha sina
Perder é a sua

Tudo é Vaidade, incluindo sua Humildade
É tudo jogada de marketing

No que depender de mim
Me vença, seguidas e seguidas vezes
Me vença, me CONvença
Minha derrota é minha vitória
Sua vitória é meu deleite
O fracasso subiu à minha mente

Me dê seu sarcasmo
O toque da sua genialidade, seu cheiro de soberba, seu gosto de arrogância
A visão de todo o teu conhecimento à tua imagem e semelhança
A audição sentindo o roçar de sua lingua afiada

No que depender de mim, nunca desça do pedestal
Olhe pra baixo que eu olho pra cima
Aqui embaixo não há leis
Nao há espaço para reis
Daqui de cima, é tudo um jogo de xadrez

No que depender de mim, serei eternamente fã
Do seu teatro anti-canastrices
Das suas mágicas inesquecíveis

No que depender de mim
me engole e me vomita
Me olha no espelho
Ria da minha cara
Me empresta sua máscara

No que depender de mim
Nunca leia isso!
Nunca fale sobre isso!
Nunca mencione isso!
Não sei se acredito mais, nessas linhas que te escrevo.


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